Arquitetura da Informação
Contexto
A arquitetura da informação é importante por seu papel de estruturar e organizar os conteúdos e funcionalidades de um sistema de forma clara que facilite a navegação e a compreensão por parte dos usuários. Em sistemas técnicos, como o de inspeção e análise de fissuras, essa organização é ajuda a garantir que os usuários encontrem rapidamente o que precisam, executem suas tarefas com precisão e mantenham o foco no objetivo principal: gerar relatórios técnicos confiáveis e precisos sobre as fissuras identificadas. Neste projeto, a arquitetura da informação foi pensada para refletir a lógica do trabalho de campo de técnicos e pesquisadores, organizando o fluxo desde o envio das imagens até a geração do relatório final. O resultado é um sistema intuitivo, funcional e preparado para o uso em ambiente local.
Diagrama
A arquitetura da informação foi estruturada para garantir fluidez no fluxo de tarefas, clareza na navegação e controle total do usuário sobre os dados que estão sendo manipulados, com base na análise da Arquitetura Inicial, e nas necessidades das Personas. Além disso, foi considerado que o sistema já utilizado pelo parceiro já contempla funcionalidades de armazenamento histórico, de modo que o escopo deste sistema local foca exclusivamente na inspeção, análise e geração de relatórios.
Figura 1: Diagrama da Arquitetura da Informação
Fonte: Produzida pelos Autores (2025).
O ponto de entrada do sistema é a Tela Inicial, que apresenta duas funções principais: iniciar uma nova inspeção, acessar o relatório gerado. A funcionalidade de "Nova Inspeção" conduz o usuário por uma sequência organizada de tarefas, começando pelo preenchimento dos metadados da obra (nome da edificação, data da inspeção e observações relevantes). Em seguida, é realizado o upload das imagens capturadas das fachadas ou andares. O formulário exige que cada imagem seja associada a uma fachada específica (Norte, Sul, Leste ou Oeste) ou ao andar correspondente da edificação, permitindo assim uma segmentação espacial para uma leitura técnica e precisa, refletindo diretamente na distribuição das patologias identificadas para o relatório final.
Concluído o upload, as imagens são enviadas ao módulo local de Inteligência Artificial, que realiza a detecção de fissuras com base em um sistema treinado previamente para identificar padrões visuais relacionados a patologias construtivas. A IA também é responsável por classificar automaticamente as fissuras quanto à sua gravidade, com base em parâmetros como largura, extensão e distribuição. Cada imagem processada recebe uma nota de confiabilidade. Se a nota estiver acima de um limiar predefinido, a classificação é automaticamente aceita. Caso contrário, a imagem é destacada na interface para análise manual por parte do usuário.
A análise manual é um dos pontos fortes da arquitetura. A interface sinaliza visualmente as imagens com baixa acurácia, permitindo que o técnico ou pesquisador revise, confirme, corrija ou rejeite a classificação sugerida. A intenção com essa intervenção humana é garantir que o relatório final contenha apenas resultados validados, aumentando sua precisão e credibilidade.
Finalizado o processo de revisão (automático ou manual), o sistema gera automaticamente um relatório técnico, organizado por fachada e andar, contendo imagens com sobreposição de marcações, classificações atribuídas, observações complementares e dados da inspeção. A interface disponibiliza opções para visualização imediata ou download direto do arquivo.
Todo o conteúdo é organizado com base em uma estrutura hierárquica simples e intuitiva, com menus claros e rotulados em linguagem técnica, adaptada à rotina dos profissionais da área. O formulário de upload agrupa lógicamente os campos obrigatórios, enquanto o sistema de análise realiza a diferenciação das imagens com alta e baixa acurácia. Não há sobrecarga de informação ou elementos desnecessários, de forma a alcançar o resultado mais objetivo possível.
Importante destacar que não há funcionalidade de histórico incorporada neste sistema local, pois o sistema oficial utilizado pelo parceiro já contempla esse recurso. Dessa forma, este sistema atua de forma complementar e independente, mantendo foco na inspeção e análise pontual. O fluxo de informação respeita a ordem natural da tarefa dos usuários e garante controle, precisão e agilidade em todas as etapas do processo.
Conclusão
A arquitetura da informação desenvolvida foi projetada com foco na usabilidade do sistema e na eficiência técnica, refletindo a lógica operacional dos dados pelos profissionais. O sistema organiza o fluxo de trabalho desde o envio das imagens até a geração de relatórios técnicos, promovendo uma navegação intuitiva e funcional. A estrutura hierárquica é simples, com menus e formulários adaptados ao vocabulário técnico dos usuários, evitando sobrecarga de informações e facilitando a execução das tarefas de maneira fluida. O resultado é uma solução precisa, ágil e centrada nas necessidades reais dos técnicos e pesquisadores, contribuindo para o objetivo final de trabalho dos mesmos.